FMFC | Entrevista com o treinador dos Sub8, Daniel Mangueira

A equipa de formação dos Sub8, liderado por Daniel Mangueira, do Folgosa da Maia F. C. terminou a 1ª fase do campeonato AF Porto – Liga Carlos Alberto Série 7 Fut.5 Jun.F S8.
Fizemos umas breves questões à equipa técnica da formação do Folgosa da Maia F. C., de modo a analisarmos esta 1ª fase do campeonato.

Breve análise ao campeonato dos S8, sua evolução ou classificação.
Um outro grupo, novos desafios! Nesta nova época tem sido de grande aprendizado e desafios, mas por sorte, tenho ao meu lado o pai de um dos meus miúdos, Carlos Santos, que está a exercer a função de adjunto ao meu lado.  Por ter sido jogador profissional, o Carlos vem me dando muitas orientações juntamente com o coordenador da formação, Amaro Rodrigues. Na primeira fase da Liga Carlos Alberto – Série 5, enfrentamos algumas dificuldades que nos fizeram terminar na 9a colocação, dificuldades estas relativas a minha falta de experiência como treinador, bem como a inexperiência da maioria dos miúdos em jogar com outras equipas.
Todavia, mesmo com este resultado, posso ter a satisfação de ver que houve uma evolução individual e como equipa, assim como na vida, o futebol é uma jornada de evolução contínua. Portanto, mais importante que os resultados e jogar para ganhar, é ensinar a jogar futebol!
Ao passo o campeonato da continuidade, é preciso refletir o que estamos a fazer com a equipa. Como treinador, procuro muitas vezes olhar para dentro e refletir o que estou fazendo, tanto nos treinos como nos jogos!
Cada pessoa desempenha um papel importante, e é a cooperação e o apoio mútuo que nos levam à vitória. Assim como os jogadores confiam em seus companheiros de equipe, também precisamos confiar nas pessoas ao nosso redor para podermos evoluir.
Por vezes ouço do meu amigo Carlos em algumas situações que não tenho ainda a sensibilidade necessária por ainda não ser pai! Gostaria de salientar que este é um ponto de reflexão importante! Seja no fim do treino ou jogo, são só crianças que querem se divertirem! Talvez esta seja a maior lição que tive esta época e sou grato tanto aos meus colegas de trabalho quanto aos miúdos que mesmo sem a intenção, me ensinam a ser um profissional melhor.
Acredito que outro feedback importantíssimo que ouvi e que ainda do qual não domino completamente é, em jogo deixar as emoções de lado para ter uma melhor clareza das ações que decorrem durante a partida. Um treinador é um incentivador, contudo é também um estrategista! E muitas vezes é preciso ter o coração livre de emoções para permitir que a mente esteja em conexão com o jogo e não o coração!
Para mim, não procuro apenas ensiná-los determinados aspectos que são intrínsecos ao futebol, por exemplos, saída de bola, como realizar um remate, etc. Procuro também passar lições valiosas como, mesmo que estejamos em uma fase difícil, é importante manter o foco e continuar lutando pelo que acreditamos.
Saber que, talvez, um dia fiz parte de um capítulo na história de um miúdo que se tornou um profissional na modalidade, seria a realização de um sonho, mesmo que o jogador em questão sequer lembrasse de mim.
Entretanto, saber que também imbuí valores como coragem, autoeficácia e perseverança me fará acreditar que cumpri com meu dever cívico de formar um cidadão de bem! Não há dinheiro no mundo que pague esta sensação de realização!

Algum jogo ou memória que ficou desta 1ª fase.
Diria que alguns acontecimentos marcaram a primeira fase, a primeira memória e a mais viva que me vem à mente é o comportamento dos pais! Até o momento tenho tido muita sorte em ter um grupo de pais bastante compreensivos e envolventes no ato de torcer nos jogos. Eles realizam uma verdadeira festa nas arquibancadas. Confesso que fiquei muito surpreso quando vi que eles encomendaram uma lona com o símbolo do Folgosa, fizeram bandeiras, trouxeram buzinas e o mais importante o espírito de apoio aos seus filhos! Se me lembro bem… Todos esses itens que mencionei foram usados na primeira vez no jogo do Águas Santas, em casa!
Foi um jogo bastante equilibrado com um golo marcado se não me engano pelo Dinis aos 19 minutos. E foi uma verdadeira festa! A cada jogo na vitória ou derrota os pais continuam a entoar o nome do Folgosa e dos seus filhos, algo que ao meu ver muito importante!
Os miúdos precisam sentir que seus pais torcem por eles, independente do resultado, este apoio dará aos miúdos o ânimo para jogar com ainda mais vontade e ter prazer pela competição, algo que ainda nessas idades, eles sentem o medo, principalmente pelo fato que para a maioria é a primeira competição de suas vidas. Este apoio é fundamental para faze-los desenvolver também a resiliência para competir e vencer o medo.

Próximos objetivos e desafios para este escalão de formação trabalhar e ultrapassar.
Sendo muito simples e direto, o próximo objetivo deste escalão é terminar em uma classificação melhor do que a que ficamos na primeira fase. É claro que o mais importante é focar na evolução individual e coletiva dos miúdos, entretanto o clube também tem objetivos delineados e precisamos alcançar tais objetivos de forma a sempre ter o cuidado de não perder de vista, a evolução dos miúdos.

Segue-se agora a 2ª fase do campeonato, onde o Folgosa da Maia F.C., escalão Sub8 irá defrontar equipas que terminaram na posição semelhante de outras séries.

Equipa Técnica Traquinas S8
Treinador Principal: Daniel Mangueira
Treinador Adjunto: Carlos Santos
Treinador Guarda-Redes: João Garcia
Diretores: José Silva e Marcelo Hansen
Coordenador: Amaro Rodrigues

#folgosamaiafc

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